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  • Deal with our data - no Brasil, 60 startups desenvolvem inteligência artificial para a categoria de Saúde e Biotecnologia
  • HealthTech Trends - conheça a OrCam, healthtech israelense que desenvolve dispositivos com inteligência artificial para deficientes visuais
  • 1:1  Armando Buchina - CEO da Pixeon fala sobre os impactos da inteligência artificial no setor da saúde

    Tempo de leitura: 7min
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De acordo com as tendências atuais, acredita-se que um em cada cinco adultos fiquem obesos até 2025 no mundo. Estima-se que o IMC (Índice de Massa Corporal) alto custe US$ 990 bilhões por ano aos serviços de saúde globais. As entidades brasileiras responsáveis pelas campanhas de alerta aos problemas relacionados à obesidade — a SBEM e a ABESO — estão veiculando informações sobre o tema em suas redes sociais hoje, o Dia Mundial da Obesidade. As mensagens são para reforçar os cuidados com a alimentação, excesso de peso na infância, atenção ao IMC e o tratamento da doença com respeito.

De acordo com Roger Spitz, presidente da Techistential, empresa com sede na Califórnia que auxilia organizações em todo o mundo em relação à inteligência artificial, o ritmo acelerado de desenvolvimento da IA está transformando radicalmente todos os setores do mercado e desafiando a sobrevivência dos modelos tradicionais de negócios. Para ele, a implantação da IA pelas companhias deve ser guiada por objetivos comuns, pois as mesmas tecnologias exponenciais que nos ajudam a enfrentar as mudanças climáticas, alimentar o mundo e eliminar doenças genéticas podem gerar consequências indesejadas. Hoje, existe a tendência crescente de alcançar impacto além dos resultados financeiros, a exemplo dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas (ODS da ONU), além dos próprios clientes de  empresas que trabalham com IA exigirem que elas agreguem uma dimensão de benefícios sociais em suas missões. Assim, essas companhias passam a considerar metas de impacto global somadas aos objetivos de aumento de receita e economia de custos. Ainda segundo o Spitz, nosso país tem todos os ingredientes para alcançar os próximos estágios da liderança mundial em inovação e tecnologia se souber aproveitar o potencial de sua população de mais de 200 milhões de pessoas (somos o 5º país mais populoso do mundo). No Brasil, quando olhamos para as startups que desenvolvem inteligência artificial apenas para um setor específico, enxergamos uma concentração de soluções voltadas para a Saúde e Biotecnologia. Atualmente, existem 60 negócios que desenvolvem IA para essa categoria, o que representa 12,5% de todo o nosso ecossistema de startups que oferecem esse tipo de tecnologia.

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Segundo Ricardo Santana, sócio-líder de Lighthouse para IA da KPMG no Brasil, a inteligência artificial é uma coleção de tecnologias avançadas que permite às máquinas sentir, descobrir, compreender, raciocinar, agir e aprender. A IA pode processar vários tipos de dados: não estruturados, imagens, voz etc. Além disso, a tecnologia usa uma variedade de algoritmos e ferramentas para realizar, por exemplo, aprendizado de máquina e processamento de linguagem natural. Santana acredita que a IA deve ser aproveitada, principalmente, para livrar profissionais das atividades mais rotineiras do dia a dia para que eles se concentrem em tarefas de maior valor com o objetivo de diminuir riscos e aumentar a lucratividade dos negócios. Porém, assim como Roger Spitz (leia acima), ele também teme que a IA provoque consequências negativas, como a redução de postos de trabalho e a perda de reputação de marcas em potenciais erros causados pelas máquinas. O executivo ainda compara o receio despertado pela adoção da IA ao temor surgido durante o período da Revolução Industrial e a mecanização dos processos produtivos. Da mesma forma, não há dúvidas de que a IA vai revolucionar o modo de operar, competir e prosperar das empresas, bem como a maneira de trabalhar dos profissionais. 

Um dos setores do mercado em que a inteligência artificial mais tem sido empregada é o da saúde. Um estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostra que transtornos como depressão e ansiedade custam hoje aproximadamente US$ 1 trilhão por ano em perda de produtividade na economia mundial. É para dar conta de problemas como esse que a IA entrou em cena. Uma das características do aprendizado de máquina (machine learning) é detectar emoções ou até mesmo ajudar os colaboradores a priorizar melhor suas tarefas em longas jornadas de trabalho. Quando a tecnologia entende a rotina e o comportamento do funcionário em relação à priorização de atividades, ela consegue auxiliá-lo a se organizar e inclusive sugere pequenas recompensas após demandas mais pesadas ou complexas. Em breve, a IA também poderá contribuir de forma significativa para a detecção de estados depressivos por meio da análise do tom de voz das pessoas. Alguns programas já monitoram a frequência cardíaca dos profissionais através dos picos de batimentos ou mesmo do aumento ou diminuição da velocidade de digitação no teclado. Como nem tudo são flores, a adoção desses sistemas precisará levar em conta a proteção de dados e privacidade. Também existe o debate sobre até que ponto os indivíduos se sentirão confortáveis em ser examinados o tempo todo. 

Um exemplo concreto de IA aplicada à saúde é o da OrCam, healthtech israelense fundada em 2010 por Ammon Shashua e Ziv Aviram para auxiliar pessoas com deficiências visuais leves e graves. Os produtos da startup consistem de dispositivos wearable (que se pode vestir) que utilizam visão computacional e aprendizado de máquina ativados por voz. As ferramentas são capazes de realizar leitura inteligente, auxiliar na orientação espacial, identificar produtos em supermercados e reconhecer rostos, entre outras funcionalidades. As informações visuais são codificadas, interpretadas e devolvidas para o usuário em formato de áudio. A OrCam é uma das mais premiadas startups de tecnologia e saúde. A empresa já recebeu o título de mais inovadora pelo Consumer Technology Association em 2020 e 2021 e melhor invenção da TIME Maganize em 2019, e venceu o Transformational Business Awards do The Financial Times, também em 2019. Por fim, o negócio já passou por três rodadas de investimento. A primeira delas foi um Series A de US$ 15 milhões em 2014. O segundo, um Series B de US$ 41 milhões em 2017. O terceiro, que a elevou ao status de unicórnio, foi outro Series B, de US$ 30,4 milhões, em 2018. A OrCam já está de olho no IPO, programado para os próximos anos.

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O IMPACTO DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NA SAÚDE

A Pixeon é uma das maiores empresas brasileiras de tecnologia e inovação para a saúde, e atende milhares de hospitais, clínicas e centros de diagnósticos de imagem. Líder no mercado nacional e referência de qualidade em toda a América Latina, a companhia prevê um investimento de R$ 83 milhões no seu portfólio até 2024. Uma das soluções da Pixeon é a Lumia, inteligência artificial que agiliza processos médicos em todas as fases da jornada de tratamento dos pacientes. A tecnologia tem a capacidade de aprender a realizar tarefas em larga escala de modo personalizado, um enorme avanço para a assistência médica. O CEO da empresa, Armando Buchina, escreveu um artigo para a newsletter do Distrito sobre a adoção da inteligência artificial no setor da saúde:

Já passou o tempo em que inteligência artificial era algo distante do nosso dia a dia, coisa de filme de ficção científica. Esse tipo de tecnologia já transformou diversos setores da economia e, atualmente, tem transformado cada vez mais a área da saúde como uma das mais promissoras revoluções em healthcare. O movimento tecnológico no setor foi sim acelerado pela pandemia, mas está ainda no começo, com muito espaço para avanços e desenvolvimento. Segundo relatório da Tractica, empresa de inteligência de mercado com foco na interação humana com a tecnologia, a estimativa é de que esse mercado movimente mais de 34 bilhões de dólares até 2025. Ou seja, há ainda muito a ser feito, muito a ser investido e muita inovação pela frente.

O uso de inteligência artificial e de robôs é uma das grandes tendências para a disrupção do setor, com benefícios tanto para os pacientes, quanto para os profissionais da categoria. Algoritmos inteligentes ampliarão o potencial e a capacidade dos profissionais da área, otimizando o atendimento e ajudando médicos a acelerar diagnósticos e tratamentos.

Mas é curioso observar que, muitas vezes, nem percebemos o quanto a inteligência artificial já faz parte do nosso dia a dia. E quando falamos de saúde, essa percepção é ainda menor, mesmo quando ela já está lá, integrando quase toda a jornada do paciente, do agendamento à entrega dos exames. É possível também perceber o impacto dessas tecnologias, que já estão sendo aplicadas com o objetivo de economizar tempo na rotina dos profissionais para que eles possam focar sua atenção no que realmente importa, que é a assistência ao paciente.

Hoje, a inteligência artificial já pode ser usada em todas as etapas do atendimento ao doente, desde o primeiro contato com a clínica, laboratório ou hospital para agendamento de consultas. Utilizando a computação cognitiva e processamento de linguagem natural, é possível que a inteligência artificial realize interações com de forma humanizada, e, à medida em que a IA aprende, ela adapta seu vocabulário, seja em texto ou áudio, para melhorar sua comunicação com o paciente.

A inteligência artificial também tem sido uma eficiente auxiliar no diagnóstico médico. A tecnologia consegue identificar variações em situações que deveriam seguir um padrão, contribuindo para diagnósticos mais precisos. É possível reconhecer padrões visuais, armazenar e comparar dezenas de milhares de imagens. Mas o recurso não dispensa a avaliação do médico para assegurar que as alterações apresentadas condigam com o diagnóstico geral do paciente.

Os impactos da inteligência artificial na saúde são gigantescos e extremamente positivos, e a tecnologia vai continuar trazendo inúmeros benefícios para a área, sendo um dos seus principais aliados. As empresas que já iniciaram esse movimento devem continuar, e aquelas que ainda não olharam para isso devem começar imediatamente. Todo o ecossistema da saúde precisa estar nessa mesma direção, com o principal objetivo de usar a tecnologia inteligente a favor dos pacientes.

Priorizar o atendimento, proporcionar maior efetividade na entrega de resultados, ter precisão no diagnóstico, garantir segurança de dados e otimizar o trabalho dentro das instituições de saúde: com tudo isso, o paciente será o primeiro a ser beneficiado!

  • IA em saúde corporativa
    A healthtech 3778 criou uma plataforma de inteligência artificial e machine learning que identifica funcionários de empresas que precisam de mais atenção em relação à saúde. A startup recebeu um investimento de R$ 200 milhões do acionista Randal Zanetti, da Odontoprev, e dos fundos UV Gestora de Investimentos e LTS Investments, este último do empresário Jorge Paulo Lemann. O montante foi destinado à aquisição de outros três negócios de saúde, que passaram a operar sob o guarda-chuva do agora Grupo 3778. Com os acordos, a nova companhia já conta com um portfólio de 1,13 milhão de clientes e dois mil funcionários em 700 cidades do Brasil.

  • Vegan agora é tech 🥗
    De acordo com o Euromonitor International, o mercado global de alimentos veganos cresceu 20% nos últimos dois anos, chegando a 15,4 bilhões de dólares em 2020. De olho nessa onda, a Blue Horizon Ventures levantou um fundo de 183 milhões de euros para investir em startups voltadas à produção de proteínas alternativas e desenvolvimento de embalagens inteligentes. Já o britânico Veg Capital, criado no ano passado, se uniu ao investidor-anjo Christian ‘Crica’ Wolthers para ampliar seus investimentos no mercado de foodtechs brasileiro.

  • Roi, Laura né? 🤖
    Em 2016, o empreendedor Jacson Fressatto fundou a Laura, que desenvolve inteligência artificial para a área de saúde. A plataforma da startup auxilia médicos nos cuidados com pacientes internados conectando-se a prontuários eletrônicos e monitorando as informações clínicas dos doentes. Até maio de 2020, a robô Laura já havia ajudado a salvar 24 mil pessoas. Segundo os hospitais, as métricas da tecnologia reduzem as taxas de mortalidade em 25% e o tempo de internação dos pacientes de 103 para 96 horas.

E o nosso muito obrigado vai para…

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