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Publicado: 09.02.2018

O ARDINAS 24, um projeto jornalístico online criado por escsianos, inaugura uma nova fase.

Em 2014, um grupo de quatro alunos da ESCS juntou-se para criar um projeto jornalístico online. Dois anos mais tarde, o ARDINAS 24 foi registado na Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC). Depois de alguns “avanços e recuos”, o dia 1 de fevereiro de 2018 marcou o pontapé de saída para uma nova fase do órgão de comunicação social.

Por isso, falámos com Gonçalo Coelho, diretor-geral do ARDINAS 24 e licenciado em Jornalismo, sobre o “novo fôlego” do projeto.

“Uma nova identidade para um novo fôlego”

Como se lê no Editorial de 1 de fevereiro, assinado por Gonçalo Coelho, alguns problemas técnicos no site ditaram um hiato na atividade do ARDINAS 24. “A pausa forçada cortou-nos o ritmo e congelou-nos o entusiasmo”, escreveu o diretor-geral. Mas os ardinas não se deram por vencidos. Não desistimos. Hoje, renascemos é o título do Editorial e, também, o mote que marca esta nova etapa. Gonçalo confidencia que “é fácil perder o entusiasmo, quando tanta coisa negativa se mete pelo meio”. Mas “a nossa paixão pelo Jornalismo e por este projeto fez-nos voltar”, acrescenta. Foi, também, pelo apelo das pessoas que lhes disseram voltem! que o jovem jornalista não quis “deixar morrer” o ARDINAS 24. “Mas a identidade [do projeto] é a mesma”, assegura.

Do núcleo fundador do ARDINAS 24, hoje, resta Gonçalo. “Só eu tive esta quase-loucura de continuar”, comenta, com humor. A equipa atual é composta por 15 pessoas “heterogéneas” e com “interesses específicos”, entre as quais, alguns escsianos. “É essa diversidade que nos dá alguma essência”, afirma.

Vida nova, desafios novos

Com o espírito revigorado, Gonçalo assume que quer levar o ARDINAS 24 “o mais longe possível”. Enquanto diretor-geral, estabelece dois “caminhos” que orientam este recomeço. Por um lado, que o projeto seja “útil para o país, enquanto serviço público de informação” e, por outro, que seja financeiramente sustentável. O fundador do site diz que não descansará enquanto não atingir estes objetivos. “Sou um pouco teimoso” [risos].

Mas o que diferencia o ARDINAS 24? Segundo Gonçalo, “não olhamos à fama [traduzida em número de gostos no Facebook ou de seguidores no Instagram]; olhamos, sim, às histórias das pessoas”, seja uma celebridade ou um anónimo.

Ontem, hoje e amanhã

Durante quase quatro anos de atividade, a equipa do ARDINAS 24 publicou inúmeras notícias e reportagens. Desde logo, Gonçalo destaca os vários live blogs – que, nas suas palavras, “foram muito interessantes” –, entre os quais, as eleições presidenciais de 2016, a consequente tomada de posse de Marcelo Rebelo de Sousa como Presidente da República, ou os atentados terroristas em Bruxelas desse ano. Das reportagens, o diretor-geral destaca “Eu sou um Estado Islâmico”, assinada pelo ex-aluno da ESCS Tomás Gomes, que conta a história de um jovem português que se converteu ao Islão. “Foi uma reportagem que teve imensa expressão na altura e ainda hoje temos muitas visualizações”, conta, com entusiasmo.

Mas o caminho é em frente e, por isso, para 2018, o ARDINAS 24 já tem prevista a cobertura de três grandes eventos: os Óscares, o Festival RTP da Canção e o Festival Eurovisão da Canção.

O Gonçalo por detrás do diretor-geral

Gonçalo é um jovem de paixões. Atualmente, trabalha como data analyst numa empresa multinacional, “porque é daí que vem o meu sustento”, e frequenta uma nova licenciatura, desta vez em História. Depois do Jornalismo, sabia que, mais cedo ou mais tarde, “tinha de fazer o curso”, confessa. Pelo meio, dedica-se de corpo e alma ao ARDINAS 24. Gonçalo é, ainda, apaixonado pelo Festival da Canção, pelo “fascínio” que o espetáculo lhe provoca. Por isso, é com entusiasmo que vê o certame a acontecer este ano em solo português. “Vai ser fantástico”, remata.

“Se não fosse a ESCS, o ARDINAS 24 não existia”

Gonçalo acredita que a passagem pela ESCS, bem como os ensinamentos que nela adquiriu, foi essencial para o seu percurso profissional e “o ARDINAS 24 é a prova disso”. São vários os projetos que têm nascido na ESCS e que se têm afirmado no panorama do jornalismo em Portugal, como é o caso do Shifter ou do Bola na Rede, por exemplo. O ex-aluno refere que tal acontece porque a Escola dá as bases e, depois, os alunos ganham asas, “indo para a rua fazer o nosso Jornalismo”. “A Escola dá-nos a aprendizagem, a mentalidade e a coragem”, acrescenta. Por fim, Gonçalo diz que “é impossível não falar do Prof. Francisco Sena Santos”, sublinhando que o docente “faz-nos sentir capazes de tudo”, pela “força” e pela “coragem” que incute nos alunos.