Empreendedoras digitais: dicas de 6 profissionais que valem a pena seguir

A vontade de mudar o mundo é o que também inspira milhões de mulheres a começar a empreender no Brasil e pelo mundo.

Cada vez que participo de algum evento de Marketing Digital fico impressionada com o aumento do número de empreendedoras. E essas profissionais que estão vindo por aí não vêm para brincadeira não. Elas estão empreendendo com vontade e muita garra, acreditando naquilo que fazem.

É muito bonito e inspirador perceber que elas são movidas pela vontade de mudar o mundo, de dar a sua contribuição para uma sociedade melhor e mais justa. A grande maioria das empreendedoras não quer apenas ganhar dinheiro, mas também dar a sua contribuição para um mercado de trabalho mais inclusivo e sem preconceitos. Outro fator que pesa muito na balança é a possibilidade de passar mais tempo com a família, principalmente com os filhos pequenos.

A vontade de mudar o mundo é o que também inspira milhões de mulheres a começar a empreender no Brasil e pelo mundo. Por que estou escrevendo sobre esse tema agora? Bem, para quem não sabe, o dia 19 de novembro é o Dia Global do Empreendedorismo Feminino, comemorado em 153 países, incluindo o Brasil. A data foi criada pela ONU, em 2014, para chamar atenção para a mulher empreendedora e o impacto econômico que ela produz na economia global.

Aproveitando a proximidade da data, conversei com seis empreendedoras digitais brasileiras que acompanho de perto (e me inspiro) pelas mídias sociais sobre empreendedorismo, as dificuldades das mulheres para começar a empreender no Brasil e ainda pedi para que elas contassem um pouco das suas histórias e de como o empreendedorismo mudou as suas vidas.

Ficou curiosa (o)? Vem comigo e confira a primeira parte da série de entrevistas que preparei para vocês, leitores do Digitais do Marketing.

Boa leitura e muitas inspirações! ?

Helena Sordili

Áreas de atuação: Design, Comunicação e Marketing Digital

Mestre em Comunicação (UNIP), graduada em Design Gráfico (FAAP) e pós-graduada em Design Gráfico (Belas Artes – SP), professora universitária de graduação e pós-graduação há mais de 15 anos em universidades como Anhembi Morumbi e Senac. Diretora da ABRADI-SP e membro do Comitê de SEO da ABRADI-SP e do Comitê de Fashion Law da OAB – SP como membro consultivo especialista em Mídias Digitais. Especialista em User Experience, fundou a agência digital Carranca Design em 2000.

Por que o mundo precisa do Dia do Empreendedorismo Feminino?

A participação das mulheres no mundo dos negócios ainda é vista como minoria. As minorias precisam de representatividade e, por isso, um dia como esse faz sentido. O ideal seria que não precisasse dele, pois as mulheres são economicamente ativas e estão à frente de muitos negócios incríveis.

O que é empreendedorismo para você?

Empreendedorismo para mim é uma inquietude. É achar oportunidade a partir de problemas – seus ou dos outros. E para mim foi um caminho sem volta. Eu já empreendia desde muito nova, mas não sabia que esse era o meu destino, pois via a vida empreendedora do meu pai e achava muito sacrificante e incerta.

Como começar a empreender na área digital mudou a sua vida?

Foi meio no susto o convite para abrir uma agência digital, lá em 2000, era tudo muito novo. Eu tinha um emprego estável, estava fazendo minha pós-graduação e, de repente, me vi estudando mais sobre digital e apaixonada por esse novo mundo.

Quais as principais dificuldades que as mulheres costumam enfrentar para começar a empreender no Brasil?

Acho que são duas barreiras principais:

  1. Credibilidade: mostrar conhecimento/domínio no assunto. Especialmente no digital que, em determinadas áreas, o domínio masculino é indiscutível, destacar-se como profissional de tecnologia, ou de planejamento é mesmo desafiador.
  2. Administração das jornadas: Eu comecei a agência quando estava solteira, mas nesse tempo casei, tive dois filhos, administro casa, carreira, levo para a escola, faço reuniões, dou aula. Não é dupla jornada, às vezes é tripla!

Quais as suas principais conquistas até agora na área do empreendedorismo digital?

Ao longo desses anos consegui tirar vários projetos do papel: minha agência passou por diversas mudanças e adaptações, criei uma rede de blogs que geri por dois anos, ministro um curso online do qual me orgulho muito e ainda tenho o meu blog, que nasceu junto com a minha primeira gestação e complementa a minha renda. Hoje, fazer parte da ABRADI-SP como diretora também é uma conquista. Sou a primeira mulher na diretoria, mas não quero ser a única.

Que dica de ouro você costuma dar às mulheres que a procuram desejando começar a trilhar o caminho do empreendedorismo digital?

A minha principal dica é: escolha empreender em algo que te faça brilhar os olhos. O dinheiro é importante, mas a paixão é fundamental. E a paixão se renova a cada desafio, a cada conquista.

Empreender no Brasil ainda vale a pena?

É um grande desafio tanto pela carga tributária, quanto pela burocracia. Mas o Brasil é um país cheio de oportunidades. Quando a gente sai a campo e conhece pessoas fora do nosso círculo comum de relacionamentos, percebe que há mesmo um mundo de problemas a serem resolvidos pelas empresas. Cada um desses problemas é uma oportunidade de empreender.

 

Heloísa Zambianco

Áreas de atuação: Consultora e Gerente de Marketing Digital. Ajuda negócios/projetos/ideias a se posicionarem usando as redes sociais e o conteúdo estratégico.

Por que o mundo precisa do Dia do Empreendedorismo Feminino?

O mundo precisa do Dia do Empreendedorismo Feminino para valorizar e reconhecer o papel da mulher no mercado. As mulheres têm se reinventado, além de alcançar seu espaço em dentro das empresas, elas escrevem a sua própria história empreendendo com inovação, inteligência e muita maturidade.

O que é empreendedorismo para você?

Empreendedorismo é transformar o que você ama fazer em negócio, é ajudar outras pessoas e a sociedade com soluções que fazem a diferença para o bem. Empreender é uma forma de compartilhar a sua melhor versão, através de um trabalho feito com amor!

Como começar a empreender na área digital mudou a sua vida?

Começar a empreender na área digital mudou minha vida porque me possibilitou conhecer pessoas de vários lugares do Brasil e do mundo, além de ser um espaço excelente para construir minha audiência e reputação. As mídias digitais estão abertas para todos que desejam ter voz, basta saber compartilhar conteúdo relevante, se comunicar e também ouvir!

Quais as principais dificuldades que as mulheres costumam enfrentar para começar a empreender no Brasil?

Acredito que todo empreendedor enfrenta dificuldades no início, como falta de investimento, medo do fracasso, pouca expressividade no mercado ou grande concorrência. Mas a mulher além desses pontos, acaba sofrendo dificuldades em relação aos estereótipos pré-definidos na sociedade, onde ainda é vista como frágil, dependente e muitas vezes até incapaz. Ou seja, as mulheres que escolhem empreender acabam precisando se reinventar e ir além para que consigam atenção e principalmente o respeito merecido. Podemos enxergar isso de duas formas, uma delas desanimar e desistir, e a outra é aceitar o desafio e surpreender entregando resultados e histórias de sucesso para contar.

Quais as suas principais conquistas até agora na área do empreendedorismo digital?

O meio digital auxiliou muito na minha carreira, foi através do conteúdo que entrego gratuitamente nas redes sociais, que pude alcançar um número maior de seguidores e principalmente cliente. Já fui entrevistada para blogs, revistas, programas de TV e comecei a dar cursos e palestras graças ao poder do empreendedorismo digital.

Que dica de ouro você costuma dar às mulheres que a procuram desejando começar a trilhar o caminho do empreendedorismo digital?

Pode parecer clichê, mas o primeiro passo é acreditar no que você faz e, principalmente, ser apaixonada pelo seu trabalho. Empreender não é fácil, mas é muito gratificante! Lembre-se, você é sua marca! Dedique tempo para investir no seu nome, esteja presente na internet, no Google, nas redes sociais, enfim, apareça. Quem é visto, é lembrado e na internet não é diferente. Outra dica que dou é: não tenha medo da concorrência, ou do que os outros vão pensar, esteja alinhada com seu propósito, entregue o seu melhor e confie, você é única! As pessoas vão enxergar em você, a imagem que você passar, ou seja, compartilhe a sua melhor versão.

Empreender no Brasil ainda vale a pena?

Tudo vale a pena quando seu propósito for ajudar alguém. Cada vez mais, as pessoas estão largando seus empregos e decidindo criar seu próprio negócio. O caminho é árduo, mas os resultados são incríveis porque além de beneficiar negócios, estamos ajudando pessoas e no fundo, gente gosta de gente. O mundo fica melhor quando escolhemos fazer o bem.

Gostou do conteúdo? Então, curta, compartilhe e marque aquela amiga que está sem coragem ainda de começar a empreender.

Fique ligado! A segunda parte da série de entrevistas será publicada amanhã por aqui, neste sábado, véspera do Dia Global do Empreendedorismo Feminino.

 

2 COMENTÁRIOS

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here

This site uses Akismet to reduce spam. Learn how your comment data is processed.