Divulgados métodos de pesquisas em Benguela

Divulgados métodos de pesquisas em Benguela

Divulgados métodos de pesquisas em Benguela

O arqueólogo francês Manuel Gutirre afirmou, em Benguela, haver mudanças positivas nos métodos de pesquisa e escavações utilizados actualmente.

Manuel Gutirre está em Benguela a convite da Universidade Katyavala Bwila, onde ministra, desde a semana passada, um seminário no curso de História, do Isced -Instituto Superior de Ciências da Educação.
O especialista deu a conhecer que antes era usado um método de escavação com base em amostras do subsolo, que era classificado e ficava exposto no museu, sem se saber o contexto em que foi utilizado. “Agora já integra uma perspectiva técnica e arqueológica”, disse à Angop, salientando que existe uma mudança na técnica de escavação. “Isto é, procura-se saber quais foram os povos que fabricaram o material lítico cerâmico, qual foi o contexto social e o emprego feito aos objectos pelas sociedades antigas”, disse.
O facto de ter sido formada uma equipa angolano-francesa, na sua opinião, deve ser ressaltado, porque alguns arqueólogos europeus que antes trabalhavam com pesquisadores africanos, no final, levavam os resultados, publicavam em seu nome, ocultando os nacionais.
Esta prática, disse, não se verifica no seu grupo de trabalho, onde quadros africanos passaram a subscrever as investigações mesmo antes de terem partido para bolsas de doutoramento em França.
No caso específico das pesquisas e escavações a favor do Museu Nacional de Arque-ologia de Benguela, afirmou que o grupo de trabalho vive algumas dificuldades, uma das quais é a falta de uma viatura para o trabalho de campo, orçamento para as escavações e a definição de equipas de trabalho.
Recentemente, o Governo de Benguela aprovou um orçamento de 207 milhões 54 mil 250 kwanzas, aplicado, desde Fevereiro, passado para a reabilitação do Museu Nacional de Arqueologia, cujas obras decorrem em 12 meses.
O Museu Nacional de Arqueologia, localizado junto à praia Morena, na cidade de Benguela, chegou a ter um acervo de nove mil 150 peças, muitas das quais foram roubadas ao longo dos anos.

Fonte: Jornal Angola



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