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Livraria Greta
© Francisco Romão PereiraNa Livraria Greta, só há livros escritos por mulheres

Roteiro de livrarias independentes em Lisboa

Algumas são históricas, outras ainda cheiram a tinta fresca. Estas são as melhores livrarias independentes em Lisboa e estão à espera da sua visita.

Escrito por
Editores da Time Out Lisboa
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Sabemos bem quais são as nossas livrarias independentes preferidas, aquelas que não estão presas a uma cadeia, um franchising, um conglomerado ou qualquer tipo de substantivo colectivo usado para designar agremiações do género. Na hora de pensar em rechear as estantes lá de casa, lembre-se destes pequenos livreiros. Em várias zonas da cidade, encontra livrarias de bairro – e muitos livros – para todos os gostos e faixas etárias.

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As melhores livrarias independentes de Lisboa

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  • Lisboa

Foi em Barcelona, durante a pandemia, que Lorena Travassos começou a amadurecer a ideia de um sonho antigo: o de abrir uma livraria feminista. A Greta, assim se chama, nasceu primeiro no online, em 2022, e desde então tem reunido, inclusive em debates literários, uma comunidade de mulheres trans e cis, feministas e activistas, interessadas em ler e promover a literatura no feminino. Já na livraria física, aberta em 2023, há duas modestas estantes de madeira, à esquerda e à direita, e uma mesa ao centro, com cerca de dois mil títulos (nem todos expostos), de vários géneros diferentes, tudo escolhido a dedo. A decorar o espaço, há fotografias, ilustrações e posters feitos por mulheres. A curadoria é toda feita por Lorena, que só vende livros escritos por mulheres, trans ou cis, de diferentes géneros literários, de não-ficção a ficção, poesia e até literatura infanto-juvenil. Além disso, o acervo também conta com artes gráficas, zines e revistas produzidas por mulheres.

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  • Alcântara

Quando abriu na Lx Factory, a Ler Devagar era a única em Lisboa da sua espécie. Espaçosa, com livros por todo o lado, dois andares, um café e vestígios da maquinaria da antiga gráfica. As singularidades mantêm-se e continua a ser a melhor livraria da cidade para se ter um bom tempo de leitura, ou dar dois dedos de conversa, vá. Nas prateleiras, estão cerca de 4000 títulos. Em 2023, abriu um novo espaço na Casa do Comum, na Rua da Rosa.

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  • Chiado/Cais do Sodré

Esta pequena livraria na Calçada do Combro tem livros novos, antigos e usados, obras de pequenas editoras e espécimes raros, difíceis de encontrar. Há aqui uma clara tendência para as ciências sociais, a política e um gostinho especial por autores marginais.

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  • Campo de Ourique

É uma livraria histórica de Campo de Ourique, com mais de 45 anos de actividade, que funciona como centro cultural alternativo do bairro. Durante os anos 70 vendia livros às escondidas e o escritor Fernando Assis Pacheco era cliente habitual.

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  • Areeiro/Alameda

Foi no Verão de 2022, na conhecida Avenida Guerra Junqueiro, que a Livraria Martins se abriu à cidade. Fundada pelo empresário Gonçalo Martins, responsável pelo Grupo Editorial Atlântico, conta com dois pisos e um pequeno café. Nas estantes, a oferta é eclética, com cerca de 300 chancelas, que vão desde os grandes grupos editoriais até aos independentes. Na compra de qualquer livro, oferece-se uma obra editada pela própria livraria e há ainda agenda, com lançamentos de livros e outras actividades.

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  • Estrela/Lapa/Santos

A história desta livraria remonta a 2008, quando Mário Guerra a abriu na zona do Príncipe Real. Entretanto fechou portas, quando o dono trocou Portugal pelo Brasil, e só voltou a abrir em 2018, num pequeno espaço na Rua de São Ciro, na Lapa. Entre mais de 20 línguas, como russo, árabe e japonês, há poesia para todos os gostos, desde edições de autor até primeiras edições, novidades e manuseados.

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  • Grande Lisboa

Duarte Pereira e Rosa Azevedo dão a cara pela Snob, uma livraria independente originária de Guimarães, mas agora com o centro de operações em Lisboa. Tudo o que está nas prateleiras podia bem estar na biblioteca destes dois, desde títulos novos a livros em segunda mão, jornais fora de circulação, fanzines e outras edições raras. No site têm grande parte dos títulos à venda, separados por áreas de interesse, mas criaram também uma loja online no Facebook. É visitar, encomendar, esperar e, finalmente, ler. 

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  • Chiado/Cais do Sodré

Precisa de um guia do Uganda? Então este é o sítio certo. A Palavra de Viajante vende livros de viagens, guias, álbuns, mapas e tudo o que tenha a ver com a nobre arte de laurear a pevide. É perfeito para ir antes das férias, mas melhor ainda para visitar antes sequer de as marcar – se precisa de ideias de um destino novo, este é o sítio onde vai encontrar inspiração.

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  • Avenidas Novas

Dantes, revistas e jornais. Agora, livros. É deles que está repleta a antiga tabacaria que ocupava o número 86C da Rua Marquês Sá da Bandeira, junto à Gulbenkian. A Photo Book Corner trouxe um universo que já existia online para uma loja especializada em livros de fotografia. Rui Ribeiral é quem dá o corpo ao manifesto pelo projecto, que começou em 2012 com um site e que oito anos depois finalmente se materializou numa loja. A loja não é grande e a oferta, mesmo no site, é limitada, uma vez que Rui sempre apostou forte nas novidades e em obras inéditas. Todo o processo é feito por ele, um one man show dos livros de fotografia: compra, vende, dá a cara todos os dias pela loja, embala e faz os envios para que cheguem perfeitos ao cliente.

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  • Lisboa

Desde 2011 que a STET faz as delícias dos amantes de arte e fotografia. Antes, funcionava no Bairro Alto, numa cozinha do século XVIII, mas a falta de espaço para vender livros fê-los mudar para Alvalade. Entretanto, mudou novamente, desta feita para perto do Mercado de Arroios, onde não só vende livros dedicados à arte e à fotografia, mas também fotografias, livros de artistas e edições de autor. Há preços para todos os gostos. As fanzines começam nos 5€, mais coisa, menos coisa, mas também há livros que por serem considerados relíquias podem chegar aos 800€. Enfim, uma livraria especializada a que vale a pena deitar olho.

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  • Avenidas Novas

Neste tempo de constante difusão tecnológica, esta nova livraria ambiciona levar cultura nacional e internacional ao público português. Como? Através de livros, claro. São mais de 100 mil exemplares, entre edições esgotadas, obras técnicas e literatura infanto-juvenil. Quanto ao espaço, é na verdade um canivete suíço. Dividido entre um amplo e luminoso piso térreo, um modesto mezanino e um piso inferior, todos ligados por uma escadaria curvilínea, alberga também uma galeria de arte e antiquário, uma papelaria e uma cafetaria.

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  • Lisboa

Há livros ao desbarato logo à entrada, edições do mais rebuscado que já se viu, volumes em segunda mão e pequenas editoras à espera de serem descobertas. Mas há de facto mais qualquer coisa além dos livros nas prateleiras. A agenda inclui debates, oficinas e lançamentos.

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  • Estrela/Lapa/Santos

É galeria, café e livraria, tudo ao mesmo tempo bem no coração da Madragoa. Sob o lema de que o desenho não tem fronteiras, é a esta arte que a Tinta nos Nervos se dedica. Na livraria doura as prateleiras autores como Philipe Guston, Lorenzo Mattotti, Robert Crumb, Charles Burns, Bruno Munari, Hector de la Valle, Maria João Worm, Dinis Connefrey, Filipe Abranches, André Ruivo ou Ema Gaspar. Na galeria as exposições vão rodando, sempre com a premissa de o artista ou artistas criarem um objecto em exclusivo para o espaço. Ao fundo há um café com esplanada interior, onde além de chávenas de cafézinho da Flor da Selva e pão da Gleba, há espaço para ler e para participar nos workshops e conversas que vão aparecendo na agenda.

Para leitores ávidos

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Se a energia acumulada em dias e dias de maratona no sofá ou na cadeira do escritório tornou mais difícil o que antes era fácil (sim, estamos a falar de ler), então está na hora de repor os níveis de leitura. Para o convencer, seleccionámos novidades literárias acabadinhas de sair do forno ou ainda em pré-venda: para relembrar o passado, projectar o futuro e prestar atenção ao presente. Ao todo, são dez títulos sobre o mundo e as pessoas que o fazem. Lembre-se: ler pede calma e dedicação, mas continua a ser uma das melhores formas de viajar sem sair do sítio. Onde quer que esteja.

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Há muitos clubes de leitura por onde escolher (e mesmo para ir variando), para adultos, jovens, crianças ou dos 8 aos 90, em Lisboa e nos arredores. Desde o novo Ursula Reading Club, que promove ficção científica feminista, até ao clube de leitura do Instituto Cervantes, para quem faz questão de ler na língua de nuestros hermanos, o importante é encontrar um onde se sinta bem-vindo. Só não se pode esquecer que ler não tem de acontecer só entre trocas de metro, à noite, antes de ir dormir, ou nas férias de Verão. E não, também não precisa de o fazer sozinho. Palavra.

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Bem-vindo a um arquivo sem fim de livros, monografias, fonogramas, incunábulos, periódicos e muito, muito mais. Temos museus e recantos municipais, espaços que nos fazem recuar à época medieval e outros que ainda cheiram a fresco. Apresentamos algumas das melhores bibliotecas em Lisboa para pôr na sua lista de “próximos locais a visitar na cidade”. Resta-nos desejar boas leituras a todos os bibliófilos. Ah, se ainda está a pensar na palavra “incunábulo” aqui vai uma pequena ajuda: trata-se de um livro impresso nos primórdios da imprensa, com recurso a tipos móveis.

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