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Meio ambiente

Tecnologia passa da economia de escala para economia dos números

Com informações da Columbia Business School - 15/03/2013


Minifábricas

A palavra de ordem para a eficiência na indústria tem sido "ganhos de escala", ou seja, "quanto maior, melhor".

No entanto, diversos setores da economia parecem estar se aproximando de um ponto de inflexão no qual a eficiência de cada unidade fabril está sendo substituída pela "eficiência dos números".

Em vez de depender de grandes plantas industriais, essas empresas podem se beneficiar com a adoção de unidades fabris pequenas e modulares.

Essas unidades poderão ser implantadas em um único local, caso haja incentivos para isso, ou distribuídas em vários locais, mais próximas das fontes de matérias-primas ou dos consumidores.

A proposta é de três pesquisadores da Universidade de Colúmbia, nos Estados Unidos.

Economia de custos

A sabedoria econômica convencional afirma que o custo de capital por unidade de capacidade diminui com o aumento do tamanho da planta. Outras eficiências advêm da capacidade dos fabricantes para diluir os componentes fixos dos custos de produção, bem como de fatores como o gerenciamento do trabalho e os custos do projeto.

A abordagem alternativa agora proposta pelos pesquisadores oferece novas possibilidades para reduzir custos e melhorar o serviço.

Eles identificam três forças motrizes subjacentes a esta mudança.

Primeiro, as tecnologias de computação, sensores e comunicação tornam possível um alto grau de automação a um custo muito baixo, eliminando em grande medida as economias de mão-de-obra das grandes plantas.

Segundo, a fabricação em massa de pequenas unidades fabris padronizadas pode alcançar economias de custo de capital comparáveis, ou mesmo superiores, às alcançadas por meio das grandes escalas de fabricação de produtos.

E, terceiro, o escalonamento da tecnologia das pequenas unidades fornece uma flexibilidade significativa - um benefício que tem sido praticamente ignorado na corrida rumo a uma escala cada vez maior, e que pode reduzir significativamente tanto o custo de investimento, quanto os custos operacionais.

Pensar pequeno

Segundo os pesquisadores, esta tendência já pode ser observada em vários setores nascentes, que vão desde reatores nucleares pequenos e modulares, fábricas de cloro e sistemas de exploração de energia da biomassa, até os centros de processamento de dados.

É nestes exemplos que eles se baseiam para afirmar que já está em curso uma mudança das grandes para as pequenas unidades fabris com níveis ótimos de operação.

A mudança reflete uma revolução semelhante, que começou 30 anos atrás, na passagem dos grandes computadores para os microcomputadores pessoais.

Brevemente, concluem os pesquisadores, muitas outras indústrias vão aprender a "pensar pequeno" e, assim, colher os benefícios deste novo paradigma na produção.

Eles citam como exemplo a possibilidade de mudar o enfoque tradicional da implantação de grandes usinas solares fotovoltaicas para a instalação de painéis solares individuais nos postes de iluminação.

Bibliografia:

Artigo: Small Modular Infrastructure
Autores: E. Dahlgren, K.S. Lackner, C. Gocmen, G. van Ryzin
Revista: Working Paper
Link: http://www4.gsb.columbia.edu/filemgr?&file_id=7311400
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