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O Presidente norte-americano anunciou, via Twitter como já tem sido seu hábito, que o Governo dos EUA “não vai aceitar nem admitir pessoas transgénero para servir no Exército norte-americano“, justificando a sua decisão com o facto de os militares deverem estar “focados em decisões e vitórias e não podem ficar com o fardo dos tremendos custos médicos e transtornos que ser transgénero no Exército implicaria“.

Não ficou claro o que acontecerá às pessoas transgénero que atualmente integram as forças armadas dos Estados Unidos defendendo o seu próprio país. Recordamos que a integração destas pessoas foi uma vitória dos seus direitos durante a administração de Barack Obama.

Mesmo se nos ficarmos apenas nas questões de orçamento – e que não poderá ser o único quando falamos numa das mais complexas estruturas militares do planeta- , o argumento dado pelo presidente norte-americano sobre os custos médicos são, no entanto, rapidamente refutados, bastando ver o seguinte gráfico:

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Onde o número estimado de pessoas transgénero no exército pode chegar às 6.630 pessoas num universo de 1.3 milhões (0,005%).

A confirmar-se (e concretizar-se) esta decisão, é uma péssima reviravolta das conquistas conseguidas, a muito custo, por uma população que, mais uma vez, tem que provar o seu valor e o seu contributo à mesma sociedade que, neste caso, protege e defende. Uma vergonha, Sr. Trump.

Fontes: NYT, CNN e Público.