Março 2017

Renata de Freitas nasceu em Florianópolis (Brasil) e mora há 10 anos em Portugal. Como pesquisadora, gosta de questionar a realidade para gerar novos resultados. Na sua entrevista ao GT de Jovens Investigadores, afirma que adota como filosofia de trabalho a frase de Lévi-Strauss: “o homem sábio não fornece as verdadeiras respostas, mas faz as verdadeiras perguntas”.

RenataFreitasTRATADANome: Renata de Freitas

Naturalidade: Florianópolis (Brasil)

Links: LinkedIn | RepositoriUM | Artigos de Marketing

 

 

 

– Quais são os teus pontos fortes?

Persistente, pragmática e sonhadora.

– E os pontos fracos?

É uma resposta cliché, mas acredito que é o perfeccionismo virginiano. E talvez o mesmo ponto forte: sonhadora (deve ser o ascendente aquariano).

– Porque escolheste as Ciências da Comunicação? 

Ler e escrever sempre fez parte da minha vida e proporcionou muitos momentos de prazer na infância e na adolescência. Pareceu-me uma escolha óbvia. É uma área fascinante em termos de desafios, com variadas possibilidades de por em prática as ideias criativas de uma mente fértil.

– Qual o projeto/trabalho académico/profissional de que mais te orgulhas?

Com certeza foi a minha Tese de Doutoramento sobre Publicidade no contexto da Comunicação Organizacional, defendida em 2014.

– Quais as cinco palavras-chave que melhor resumem o teu CV?

Branding, marketing, imagem, publicidade, estratégia empresarial.

– O que mais gostas da carreira de investigador?

Aprender e renovar conhecimentos, provocar discussões argumentativas, construir e (mais importante) desconstruir reflexões. Sobretudo, registar acontecimentos, pois a nossa atualidade é composta de momentos assustadoramente efémeros.

– E o que menos gostas?

Acredito que é um ponto consensual entre os colegas da área, o que mais desincentiva é a

instabilidade profissional e a pouca valorização no mercado de trabalho.

– Qual o último livro que leste para a trabalho investigativo?

É normal ler vários em simultâneo quando se faz investigação, por isso ficam: “De Ameaças a Oportunidades: Gestão Estratégica de Comunicação de Crises” (António Marques Mendes  e Francisco Costa Pereira) e “Influence: The Psychology of Persuasion” (Robert Cialdini). Também posso incluir “Os Meus Primeiros Cinco Anos” de Anne Geddes, pois não deixa de ser um trabalho investigativo, já que eu tenho um bebé recém nascido 🙂

– Qual a tua filosofia perante o trabalho académico/profissional?

Acredito que na área profissional é muito importante estar disponível para alargar perspectivas, para pensar out of the box, para questionar a realidade e para gerar novos resultados a partir de novos instrumentos. Por isso, gosto de uma frase de Lévi-Strauss: “o homem sábio não fornece as verdadeiras respostas, mas faz as verdadeiras perguntas”.

– O que te vês a fazer a nível profissional daqui a 10 anos?

A mesma inquietação que me trouxe até cá pode me direccionar para outros caminhos. Somos de uma geração (nós, jovens investigadores) em que nos envolvemos em diversos projetos, alguns deles inimagináveis nos anos anteriores. Gosto de novos desafios, portanto, é melhor não criar planos rígidos, e sim, continuar a busca por atividades que dão recompensas prazerosas.

– Deixa um conselho/uma dica aos teus colegas jovens investigadores. 

Como uma imagem vale por mil palavras, fica a dica:

grafico_RenataFreitas

Imagem retirada de http://ignitedleadership.com/where-the-magic-happens/